terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Carta

Eu sofri. Nem precisaria dizer isso, todos perceberam.
Me afastei de todas as coisas que me faziam feliz e que, de alguma forma, me lembravam você.
Mudei minha rotina, meus horários, meus percursos.
Desejei que o tempo parasse. Depois, que passasse mais rápido. Tudo que eu sabia é que não queria que ele voltasse. Não saberia ao certo se valeria a pena toda essa dor.
Me privei de toda e qualquer forma de recordar você e todos os momentos, me penitenciando a cada recaída.
Evitei seus amigos. Evitei o Sol. Mergulhei em uma piscina morna de falsa tranqüilidade. Rabisquei meus dias, sem nada a dizer. Por fim, “superei”.
A ferida havia fechado, mas ainda latejava nos cantos a cada vez que ouvia seu nome. O consolo era que isso tudo um dia ia passar. Um dia.
E hoje cada parte de mim é medo. Eu só queria ter alguma garantia de que tudo que eu ouvi é verdade. Ledo engano.
Eu, que nunca tive problemas em levantar, ando com medo até de andar. Tudo por medo de cair...

























Basta. Sofrer não é mais uma opção.

6 comentários:

  1. *O* Faz tempo que um texto não me agrada tanto! Amei Gi. Quem foi o "fidumaegua" que te inspirou? xD

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  2. O comentário acima não expressa o que eu queria, mas foi quase.

    Quem foi a inspiração para tal texto? Tá negoçado pra caramba, gostei.

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  3. ei, atualiza essa PORRA!!! hehehehe

    te mando um presente, um selo, por saber que tu escreve legal :)

    http://maos-nuas.blogspot.com/2010/03/o-selo.html

    veja lá.

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  4. Simplesmente? Adorei! Vc é divina.

    Bjus

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