quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Viajando...

Minhas pernas tremiam muito. Pensei em ter um ataque histérico, mas já era muito tarde pra voltar. No final, foi mais fácil do que eu pensava.
Ainda era dia quando eu tive a brilhante idéia. Jamais pensei que fossem me levar a sério e me acompanhar nessa sandice. Aliás, naquele momento, meu estado mental estava bem questionável. Quando todos resolverem assentir, já era eu que não queria mais. Após algumas ameaças decidi que pior não podia ficar. Descobri que podia.
Minha pressão caiu e meus enjôos tornaram-se cada vez mais insuportáveis. “Se eu não estiver boiando no rio daqui a pouco, posso sobreviver a qualquer coisa!”, repetia a mim mesma. A essa altura, minha descarga de adrenalina era tão grande que eu seria capaz de fazer bungee-jump com prendedores de cabelo que nem ia ligar.

-Se tu cair, vou ter que me jogar também.
-Pra quê?
–Pra te buscar! –Murilo e suas idéias. Caio me praguejava em voz alta. Kat ria e me apoiava. Nunca fora tão bonita a visão da Igreja.
Finalmente eu via o fim (e o perigo). Nesse momento respirar foi um desafio. Acho que o assustei mais do que ele a mim, com meu olhar de desespero. Quando terminou, minha única reação foi erguer os braços e gritar “Eu consegui!”.



Relato exagerado da minha travessia noturna na ponte do São Francisco.

Caio,Katiane,Murilo. Eu prefiro ter uma vida cheia de problemas e tê-los ao meu lado sempre, do que nunca ter problemas e não poder juntar todo mundo nessas empreitadas.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Tirando o Pó

O tempo não melhora ninguém. Triste de quem se ilude com essa idéia. O passar dos anos apenas piora os defeitos e traz a tona as mais ridículas fragilidades humanas. Também não seja idiota de pensar que a amargura e a tristeza fazem alguém mais inteligente. Você simplesmente fica mais chato, mon ami. Exemplo vivo disso Eu. E não tenho problema nenhum em ser uma velha “reclamona”.
Eu continuo a admirar as mesmas pessoas. Eu passei a desprezar algumas outras. E me apaixonei perdidamente por algumas criaturas. O problema encontra-se exatamente em ‘perder’.

Como na minha filosofia de vida, pra tudo existe um “pelo menos”, eu trabalho exatamente com o que eu escolhi fazer na vida. Não que meus pais tenham orgulho de ter uma filha que faça Comunicação, mas, eu podia estar roubando, eu podia estar matando, eu podia estar sendo dançarina de tecnobrega, mas eu to aqui, ouvindo radio.


A Felicidade é ter os amigos que eu tenho.